domingo, 5 de abril de 2009

1ª República (1889 - 1930) - ECONOMIA


-Ruy Barbosa e a Crise Econômica-
O Marechal Deodoro, em 1889, escolheu Ruy Barbosa como ministro da fazenda. Ruy era muito inteligente e extremamente culto. Percebeu que todos os grandes países já tinham industrialização, então tentou promover a industrialização no Brasil. O grande problema era que o Brasil não tinha nem riqueza suficiente nem indústria o suficiente. A idéia que ele teve foi a produção de mais moeda (mesmo sem tanto fundo) e o empréstimo fácil (Ruy sabia que isso ia gerar muita inflação, porém achou que seria por um curto espaço de tempo. Ele achava que a moeda ia bancar a criação de mais empresas, as empresas gerariam mais dinheiro fazendo a inflação cair).

O resultado disso, na verdade, foi o oposto, pois muitas pessoas criavam empresas fantasmas e viviam da compra e venda de ações, esperando que as empresas valorizassem*1, porém como poucos realmente investiam em empresas, as ações não valorizavam e a inflação aumentou drasticamente, deixando o Brasil em crise.

As conseqüências da desastrosa reforma foram a falência de muitas empresas e queda nas ações. O nome pejorativo dado à reforma de Ruy Barbosa foi “Encilhamento” (A palavra, no hipismo, remete ao equipamento para “controlar o cavalo”, a analogia se dá, pois naquela época era comum os ricos irem ao Jóquei apostar nas corridas de cavalos. Na analogia eles comparam apostar em cavalos com apostar no mercado financeiro).
Devemos lembrar que com o fim da escravidão, em 1888, os ex-escravos tinham maior dificuldade de arranjar trabalho assalariado devido ao preconceito (pois a maioria preferia imigrante). Em 1892 o custo de vida subiu muito (principalmente devido ao “Encilhamento”) e a classe mais prejudicada de todas foi a classe baixa (principalmente os ex-escravos).

-Convênio de Taubaté - 1906-
Como a economia do Brasil, desde começo do sec. XIX, era voltada para a produção do café e muitas pessoas apostavam e investiam nele, o café acabou sendo produzido em excesso e ocorreu uma superprodução no começo do sec. XX. Sempre que se produz mais que se pode vender, o produto tem a tendência a desvalorizar.

Em 1906, no convênio de Taubaté, muitos fazendeiros e representantes de MG,RJ e SP se reuniram e para não serem prejudicados com a crise, fizeram a proposta de não abaixar o preço do café e ficar “segurando-o”. (mesmo que isso fosse gerar uma inflação). O café excedente era comprado pelo governo (dinheiro do povo) para ser estocado até a economia “voltar” ou era queimado. O importante, para os fazendeiros, era de que em nenhuma das hipóteses esse o café caísse no mercado econômico. (para não desvalorizar o café) Adotou-se também a política de desvalorização do cambio.?

Com a inflação, tudo aumentou de preço e as importações ficaram mais caras. (governo tinha que pagar mais caro para comprar maquinas). A população mais pobre (principalmente trabalhadores) foi a mais atingida pela crise, pois os fazendeiros continuavam a ganhar com a exportação e a desvalorização da moeda (que fez com que os países estrangeiros tivessem mais interesse em comprar café.)

Hoje em dia o governo não compra mais os excedentes como batata e soja em casos como esses, então muitos fazendeiros acabem tendo que queimar o produto excedente para não deixar entrar no mercado e diminuir o preço dele. Muitas vezes é mais barato queimar o produto do que demitir trabalhadores.

LEGENDA:
*1 Isto é chamado de “especulação”, o especulador faz a compra e venda de ações (mercado financeiro) para ganhar dinheiro fácil. (Especulação financeira)

Um comentário:

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